O lado bom da tecnologia
Muito se questiona, hoje em dia, sobre o grau de dispersão e excesso de informação que nos proporcionam as redes sociais e meios digitais como um todo.
Concordo no excesso de informação e estímulos, mas, na minha opinião, isso também abriu inúmeras portas de possibilidades das quais não gostaria de abrir mão.
- Falar com a família ou amigos que moram a quilômetros de distância, a qualquer hora.
- Divulgar seu trabalho “de graça” com lives, stories e afins.
- Pesquisar informação direto na fonte, ouvindo as pessoas envolvidas, sem filtros da mídia tradicional.
- Fazer ligações de áudio ou vídeo para qualquer lugar do mundo, sem custo extra.
Se focarmos no copo meio cheio, veremos que as vantagens são muitas, e como o paladar não retrocede, é pouco provável que queiramos abrir mão disso.
O verdadeiro desafio
A questão não é eliminar, mas aprender a usar redes e meios digitais a nosso favor, para:
- Fortalecer e criar vínculos
- Acessar conteúdo de valor
- Administrar a dispersão e o excesso de informação
A resposta parece estar em foco e autoconsciência:
- Usar, sim, mas sem divagar
- Ou divagar, sim, mas porque você quer, e não porque simplesmente se deixou levar
Regras prontas? Nem sempre.
Já ouvi diversas orientações em relação ao uso do smartphone, mas prefiro não endossar nenhuma de forma absoluta.
O mais importante é se observar e encontrar seu formato ideal.
Sobre os pop ups
Algumas pessoas recomendam desativá-los para evitar interrupções.
Sim, isso reduz distrações, mas também nos priva de respostas rápidas a solicitações urgentes.
Pessoalmente, deixo todos ativados. Não à toa tenho fama de responder rapidamente!
Claro que algo pode escapar, mas, no geral, vejo e respondo no momento, evitando acumular tarefas.
Como lido com isso:
- Em reuniões ou encontros: celular de lado, atenção total às pessoas presentes.
- Em passeios: muitas vezes no modo avião, funcionando só como câmera fotográfica.
- No trabalho: pop ups ligados para acompanhar urgências; modo avião para foco total, quando preciso.
A chave: consciência
O ponto central é saber como usar a ferramenta a seu favor.
Pergunte-se:
- Quantas vezes você vê um pop up e, sem perceber, se perde nos aplicativos até esquecer o motivo original para desbloquear o telefone?
- Isso acontece com frequência? Talvez o modo avião seja útil nesses momentos.
Minha visão:
Se você se dispersa por pop ups, talvez não estivesse realmente concentrado.
- Uma opção: tirar os pop ups.
- Outra: treinar a sua concentração.
Só não culpe o celular por uma distração que já estava à espreita.
Horário certo para usar o celular
Há quem diga que não se deve abrir o telefone assim que acorda; que é melhor preservar esse momento para si.
Eu não sigo essa regra:
- Minha família mora longe e quero me atualizar logo cedo.
- Muitos alunos estão em outro fuso e já estão no meio do dia quando acordo.
Ver mensagens cedo não significa comprometer a saúde ou qualidade do dia — basta fazer com consciência.
Conclusão
Não leve um ponto de vista como regra.
Observe sua rotina, faça ajustes conscientes, teste, ajuste, otimize.
O essencial é você decidir como usar a tecnologia, e não o contrário.