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A “Mente Macaco”

e o que fazer para estabilizá-la


Você está trabalhando no computador.

Começa a responder um e-mail, mas uma notificação no celular chama sua atenção.

Abre a mensagem, que menciona um link. Você clica e acaba caindo em um vídeo curto.

Ao final, o aplicativo sugere outro vídeo e, quando percebe, já se passaram quinze minutos.

Volta ao e-mail… mas não lembra exatamente o que estava escrevendo.

Essa é a versão moderna de um fenômeno antigo: a mente que salta de um estímulo para outro, incapaz de permanecer em um único ponto por muito tempo.

No Oriente, existe uma metáfora famosa para descrever esse estado: a “mente macaco”.


A metáfora de Rámakrishna

Imagine um macaco comum, pulando de galho em galho na floresta. 🌳

Ele está sempre em movimento, saltando de um lugar para outro, sem parar.

Agora, imagine que esse macaco ficou bêbado. 🍶

Ele cambaleia, perde o equilíbrio, tropeça nos galhos, e seu pulso fica ainda mais instável.

Mas a história não para por aí. Esse macaco foi picado por um escorpião. 🦂

A dor aguda o faz pular freneticamente, inquieto e assustado.

E, para completar, dizem os antigos sábios hindus, esse macaco ainda foi queimado com fogo, fazendo-o agir de forma caótica e sem direção. 🔥

Essa imagem, ao mesmo tempo curiosa e impactante, foi usada por Rámakrishna – um dos grandes mestres da Índia no século XIX – para representar a nossa mente quando está dispersa, agitada e dominada por pensamentos desordenados.

“mente macaco”: saltitante, impaciente, difícil de controlar.


Por que nossa mente se comporta assim?

No mundo atual, somos constantemente bombardeados por estímulos: mensagens, notificações, compromissos, informações que chegam de todos os lados.

Essa avalanche de inputs mantém o “macaco” interno sempre alerta, pronto para pular para o próximo galho.

Os efeitos dessa mente inquieta podem ser sentidos no corpo e no dia a dia:

  • Falta de foco: dificuldade em manter a atenção em uma tarefa por mais de alguns minutos.
  • Ansiedade: sensação de estar sempre atrasado, mesmo sem um motivo concreto.
  • Fadiga mental: cansaço mesmo sem grande esforço físico.
  • Decisões impulsivas: agir no calor do momento, sem clareza.


Como acalmar a mente macaco

Assim como um macaco pode ser treinado com paciência e consistência, a nossa mente também pode aprender a se aquietar.

No DeRose Method, usamos ferramentas práticas para fortalecer o foco, reduzir a dispersão e criar estabilidade mental. Entre elas:

  1. Técnicas respiratórias (pránáyámas): dinamizam a energia e estabilizam o ritmo mental.
  2. Técnicas corporais (ásanas): aumentam a consciência do corpo e treinam a permanência.
  3. Concentração: fortalece a capacidade de manter a atenção em um único ponto.
  4. Meditação: aprofunda a concentração e treina a mente a permanecer no momento presente.
  5. Mudrás: gestos específicos que ajudam a direcionar a energia e o foco.

Essas práticas funcionam como um treino diário para o cérebro, ajudando a transformar a inquietação em clareza.


Um macaco mais tranquilo

A metáfora de Rámakrishna não é apenas uma curiosidade sobre filosofia hindu. É um lembrete de que, enquanto não aprendermos a educar nossa mente, viveremos à mercê dela, reagindo, saltando e nos desgastando sem necessidade.

A boa notícia é que, com as ferramentas certas e prática consistente, o “macaco” interno pode aprender a sentar, observar e, finalmente, descansar.

E quando isso acontece, descobrimos uma mente estável, lúcida e focada no que realmente importa.


A “Mente Macaco”
DeRose Online Rio 11 de agosto de 2025

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